Transformações extraordinárias estão ocorrendo diariamente através de evoluções tecnológicas, mudanças socioeconômicas, políticas, climáticas e de consumo a nível global. Em tal contexto, a indústria global do vinho parece ocupar um espaço relativamente calmo neste tumultuado ambiente, principalmente se comparado a outros setores. No entanto, no mundo do vinho também estamos vivenciando algumas mudanças (relativamente) grandes no lado da produção e do consumo. Confira as principais tendências para 2019:
1 – Produção dos vinhos europeus e da Califórnia em baixa
Em 2018 a produção de vinhos ficou em baixa devido as condições climáticas adversas que penalizaram os principais produtores vinícolas da União Europeia e da África do Sul. Nos tempos atuais o consumidor está mais exigente e busca marcas com mais qualidade e estilo. Essa qualidade é totalmente dependente da agricultura, que para 2019 estima-se uma redução na produção na Europa, devido a previsão de uma primavera chuvosa, que cria condições particularmente propícias ao desenvolvimento das doenças da vinha, e fortes ondas de calor no verão. A produção na Califórnia também deverá ser menor por consequência dos recentes e trágicos incêndios florestais.
2 – Crescimento da importação dos vinhos chilenos, argentinos e portugueses no Brasil
Se a Europa produz um menor volume consequentemente os preços continuarão maiores. O que beneficiará ainda mais os vinhos da América do Sul para suprir as demandas do nosso mercado. A aceitação dos brasileiros aos vinhos portugueses também aumentou. Eles possuem uma melhor relação custo-benefício da Europa e por oferecer novas opções como os vinhos verdes que são leves e refrescantes.
3 – O brilho dos vinhos brasileiros cada vez maior
Produtores e microprodutores nacionais, muitos localizados em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul estão produzindo vinhos de alta qualidade e ganhando reconhecimento nacional e internacional. Os espumantes brasileiros são destaque em termos de volume, preço por garrafa e exportação. Em 2019 o grande destaque deverá ser para a volorização dos vinhos internamente e também as exportações para os Estados Unidos, pois deverá melhorar o relacionamento político e comercial com este país.
4 – Vinhos orgânicos e sustentáveis
Impulsionados pelo sucesso do “orgânico” para a rotulagem de alimentos, os vinhos orgânicos estão se tornando mais visíveis e desejáveis para os winelovers. Além disso os vinhos sustentáveis, biodinâmicos e naturais serão mais valorizados e ganharão mais espaço no mercado.
5 – Novos formatos de estabeleciomentos, equipamentos e embalagens
A garrafa de vinho não evoluiu muito nos últimos séculos, mas nossos hábitos de bebida mudaram e em algumas ocasiões se tornaram impróprias. Além disso são delicadas e pesadas para transporte. Na Europa já é possível encontrar novas formas de consumidor vinhos e em 2019 devem chegar ao Brasil:
– Bagnum: Lançado pela Le Grappin para vinhos de denominação ensacados e embalados com capacidade para 1,5 litro.
– Bag in Box: Para vinhos de 3 litros
– Prosseco enlatado
– Lojas de conveniência que oferecem porções de vinho através dos sistemas Enomatics e Coravin:
No Brasil a cerveja é paixão nacional nos bares, mas o vinho, por sua vez, está entrando com tudo na competição. Assim cresce o número de Wine Bars, que oferecem diversas bebidas, mas a maior estrela é o vinho. Além do enorme mix de rótulos e ambiente descontraído, o cliente pode escolher com facilidade a garrafa ou a taça que desejar experimentar, além de petiscos que harmonizam com a bebida.